Grupo Petrópolis apresenta a sua primeira cerveja feita com lúpulo cultivado no Centro Cervejeiro da Serra, em Teresópolis

O Grupo Petrópolis lança, em outubro, a Black Princess Braza Hops, primeira cerveja produzida com lúpulo brasileiro plantado no Centro Cervejeiro da Serra, em Teresópolis. A bebida é do estilo German Pils, tem corpo leve, cor dourada e espuma densa e intensa. A Braza Hops tem amargor e refrescância na medida certa, o que realça o aroma lupulado da bebida.
Cultivado em Teresópolis, no Centro Cervejeiro da Serra, espaço do Grupo Petrópolis para estudo e experimento cervejeiro, o lúpulo utilizado na produção da Braza Hops foi o primeiro do país a obter o termo de conformidade emitido com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o primeiro também a possuir nota fiscal de origem das plantas.

Nascido de uma manifestação botânica espontânea, na região serrana do Rio de Janeiro, o lúpulo foi adicionado na receita da Braza Hops ainda fresco, em flor, para otimizar seu potencial aromático e ressaltar ainda mais as características de frescor. O terroir do local – interações geofísicas da plantação – trazem uma nota herbal para o paladar final da Braza.

Diego Gomes, diretor industrial do Grupo Petrópolis e a frente do Centro Cervejeiro da Serra, comenta sobre a produção própria de lúpulo: “O diferencial do lúpulo produzido no Brasil é o frescor e o aroma. O importado, utilizado hoje no país pela maioria das cervejarias, tem normalmente um ano de colhido. Ter um lúpulo produzido ‘no quintal de casa’ é sempre vantajoso por uma série de fatores como, por exemplo, o terroir do local, que são as interações geofísicas daquela região somadas às suas crenças e cultura. Isso traz uma particularidade nobre para o cultivo, tornando-o único e gerando valor”.

Do campo ao copo – Entre as cervejarias brasileiras, o Grupo Petrópolis, em parceria com o Viveiro Ninkasi, foi pioneiro no Brasil no cultivo de lúpulo. A plantação começou em 2018 na fazenda do grupo, no Centro Cervejeiro da Serra, com 316 plantas. Foram plantadas 10 espécies para testar a adaptabilidade de cada uma. No primeiro ano, a plantação de lúpulo naturalmente produz pouco, pois as plantas ainda estão se adaptando ao local. Em 2019, o cultivo cresceu e foi semeado um novo campo, desta vez com mais de 7 mil plantas.

Em 2020, terceiro ano de cultivo, a expectativa é obter 800 kg de lúpulo seco. É o momento em que a planta dá o melhor resultado. São três hectares de lúpulo plantados na fazenda e duas colheitas por ano, em dezembro e março.

Na fazenda foram usados tecnologia de ponta de agricultura, mulching israelense (cobertura de solo), sistema de irrigação automatizado e adubação com insumos altamente solúveis. A equipe do Viveiro Ninkasi trabalha incansavelmente para a ‘tropicalização’ da planta, que é original do Hemisfério Norte, mas vem se adaptando bem ao clima da serra fluminense.
Diego Gomes complementa: “Não é exagero dizer que estamos fazendo história. Se até pouco tempo era improvável ter produção de lúpulo em grande escala no Brasil, após muito estudo e trabalho estamos vendo que é possível. Na última colheita, em março, tivemos a honra de receber na fazenda alguns alemães da região de Hallertau, na Baviera, maior área de plantio contínuo de lúpulo do mundo. Eles ficaram muito impressionados com a experiência da nossa colheita! Disseram estar relembrando a infância e recordando como é essa tradição na terra deles. Ficaram emocionados e nos agradeceram muito”.
Com esse investimento o Grupo Petrópolis avança em seu objetivo de colaborar para a evolução do setor cervejeiro nacional, que ainda é muito dependente de insumos importados de modo geral. Desenvolver a nacionalização do lúpulo é importante não só para ter demanda atendida, no futuro próximo, por um produto nacional, mas também para ter no Brasil o domínio da cultura desta planta.
O Grupo Petrópolis mantém parcerias com a UFRJ e UFRRJ (Rural) através de intercâmbio de geneticistas e estagiário dentro da fazenda para estudos e pesquisas com a planta. Já existe um projeto de melhoramento genético da planta em parceria com a UFRRJ e outro projeto “fotoperíodo” para melhorar a produtividade, já que o Brasil tem menos luminosidade do que a planta necessita, e assim melhorar a qualidade do produto final. Isso é de suma importância para contribuir na jornada do conhecimento sobre o tema, para a troca de experiências e o desenvolvimento de todo o setor no Brasil.
Com produção sazonal, o rótulo Braza Hops terá envase limitado de 2 mil unidades de long necks, com venda exclusiva no e-commerce Bom de Beer (www.bomdebeer.com.br) ao preço de R$ 12,90.