Neste último sábado (12), Wanessa Camargo trouxe a Salvador um pouco do DNA Tour, circuito de apresentações que faz pelo país levando o nome e o conceito de seu último álbum lançado, o DNA, de 2011. Atracão principal da comemoração do primeiro ano do Amsterdam Pop Club, que também contou com presença dos DJ’s residentes da casa, a cantora levou ao palco do Caís Dourado, no Comércio, um show com estilo tipicamente americanizado. Estímulos vinham de todos os lados. Cabelos ao vento, dançarinos vestidos de preto, luzes intermitentes, e, claro, muito brilho e certo glamour, com um nítido, e talvez único objetivo: “causar”.

 Causou. Wanessa, durante boa parte do show, deu voz a potpourris de diversos hits; iam da em voga Beyocé à saudosa Amy Winehouse. Fazendo as vezes do tradicional conjunto de guitarra, bateria, baixo, teclado e afins, a cantora preferiu optar pela companhia de um DJ e uma pick-up, que substituíram até mesmo a presença de backing vocals; inovação que deu ainda mais ao show certa conotação de balada pop. Quando não está executando uma de suas performáticas coreografias junto a seu corpo de baile, a cantora dialoga com inúmeros rimixes, em especial os de músicas norte-americanas. Dezenas de invasões ao palco, algumas dificilmente contidas pela segurança, foram a resposta de parte do público à uma provocante Wanessa em trajes ora transparentes, ora reluzentes, os quais, assim como o cabelo e a pesada maquiagem, facilmente remetiam a perfis quase que hollywoodianos. Também foram incluídas músicas do repertório da artista: “Amor, Amor” e “Fly” são exemplos de algumas das mais conhecidas.

A apresentação traz a clara intenção constante em se dissociar da vinculação musical que traz o sobrenome Camargo, o qual, inclusive, nem mesmo é mais utilizado pela produção da artista, que agora assina somente como Wanessa. A sensação é da busca por uma identidade. Um tour à procura de um DNA.