Milhares de pessoas seguiram o bloco comandado por Tatau e Margareth, na tradicional quinta-feira, no Circuito Dodô
O bloco mais plural, colorido e alegre da cidade, Os Mascarados atraiu mais de 15 mil foliões fantasiados, ontem (27/02), no primeiro dia oficial de Carnaval, no Circuito Barra-Ondina. Sob o comando do cantor Tatau e a participação de Margareth Menezes, homenageada pelo bloco, os foliões se divertiram com um repertório com músicas que marcam os 40 Anos de Axé Music e os 75 Anos de Trio Elétrico. No Farol da Barra, o público aplaudiu a cerimônia de coroação do rei Bem Gil e da rainha Mãeana, que trazem recordações do bloco no início do namoro.
O repertório diferenciado do bloco, que tem como tradição resgatar sucessos antigos de carnaval, os ritmos baianos ganharam destaque na celebração da axé-music. Considerado um dos maiores puxadores de trio, Tatau trouxe um repertório recheados com suas composições e hits de sua época no Araketu. Ao lado do cantor, Margareth Menezes mostrou que tem traz o DNA do bloco, imprimindo o seu estilo em conduzir Os Mascarados com seus sucessos e músicas que marcam os 26 anos de história do bloco.
Desde a sua criação, em 1999, quando foi pioneiro em apostar na fantasia no lugar dos abadás, Os Mascarados transformou a quinta-feira em um dia de liberdade e diversidade, empoderando as mulheres e minorias no Carnaval de Salvador. Idealizado por mulheres, o bloco tem a força das diretoras Paula Resende, Selma Calabrich e Jaqueline Azevedo, que conquistaram o respeito com a força e determinação para colocar na rua um dos maiores blocos do país. Em 2025, o bloco na rua com assinatura da Pau Viola Cultura e Entretenimento e o patrocínio da Bahiagás e Governo da Bahia.
Sucesso junto à comunidade LGBTQIA+, Os Mascarados resgata o prazer da fantasia na folia soteropolitana. No espaço mais plural da folia baiana, havia super-heróis, caricatas, sátiras políticas, palhaços e fadas, entre outros. Desde o início, Os Mascarados sempre abraçou campanhas de conscientização, como “Use Camisinha” e de combate à violência contra a mulher. Além de resgatar no folião, a alegria e a liberdade de se divertir em um bloco pipoca, sem cordas, como hoje finalmente vem se tornando comum.
