Aos 50 anos, Big Mac segue insuperável

Sinônimo de McDonald’s, o sanduíche mais vendido no planeta é uma referência para economistas, artistas e marketing de causa
Combinação de ingredientes mais famosa do mundo soma 502 calorias, menos do que um prato feito de arroz, feijão e picadinho de carne
Moedas comemorativas poderão ser trocadas por Big Mac em qualquer restaurante ao redor do mundo

Pense rápido: no mundo, quais empresas podem se orgulhar de ter entre os seus produtos mais vendidos um ícone criado há cinco décadas? O McDonald’s pode e durante o mês de agosto a rede celebra globalmente os 50 anos do Big Mac, sanduíche que virou o símbolo da marca.

Para festejar a data, a comemoração tem que ser big: no dia 2 de agosto, mais de 6 milhões de moedas MacCoins serão distribuídas em restaurantes de 57 países – inclusive o Brasil.

São cinco modelos diferentes, cada um referente a uma década de vida do sanduíche. A partir do dia 4 de agosto, as moedas poderão ser trocadas por um Big Mac… em qualquer lugar do mundo! Para ganhar uma MacCoin basta comprar uma oferta de Big Mac em um dos mais de 900 restaurantes da rede no país.

“Esta celebração é também um agradecimento aos milhões e milhões de fãs e consumidores do Big Mac. Foram eles que tornaram o sanduíche um verdadeiro fenômeno mundial”, afirma Paulo Camargo, presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados.

Criado pelo franqueado Jim Delligatti para atrair o público adulto para o seu restaurante em Pittisburg (Pensilvânia), foi sucesso absoluto desde que entrou para o cardápio. Porém, nem os mais otimistas poderiam imaginar que anos depois mais de 1,5 bilhão de Big Mac seriam vendidos diariamente no mundo. Só no Brasil, são cerca de 1 milhão de unidades por dia.

Equilíbrio nutricional

A receita de Deligatti só sofreu uma alteração ao ser incorporada ao cardápio fixo da rede, com a mudança do molho especial para o que se conhece hoje, feita para facilitar sua produção em larga escala. Os demais ingredientes, conhecidos “de cor e salteado”, permanecem intocados: dois hambúrgueres, alface, queijo, cebola, picles e pão com gergelim.

Hoje, o Big Mac é preparado da mesma maneira em mais de 120 países. Aqui, os brasileiros se deliciam com a receita original americana, porém com ingredientes 100% nacionais.

E uma combinação tão gostosa, além de gerar um sabor inigualável do Big Mac, resulta também em uma combinação nutricionalmente balanceada. A proteína da carne bovina, com o carboidrato do pão e as fibras da salada, além dos demais ingredientes, somam 502 calorias, menos, por exemplo, que uma porção de sashimis (12 unidades têm, em média, 510k) ou um prato feito de arroz, feijão e picadinho de carne (686k).

Marketing de causa

O Big Mac é o pilar de uma das maiores mobilizações solidárias do país, o McDia Feliz – que completa três décadas neste ano, no Brasil. Ao todo, o Big Mac gerou mais de R$ 200 milhões, que foram investidos em projetos de prevenção e combate ao câncer infanto-juvenil em todo o Brasil. Essa mobilização contribuiu para que os índices de cura da doença, quando diagnosticada precocemente, saltassem de 20% nos anos 90 para 80% atualmente. A partir desse ano, o sanduíche está ainda mais solidário e também irá contribuir para projetos de educação para jovens.

Índice Big Mac

Ao longo desses 50 anos, o sanduíche que se tornou sinônimo do McDonald’s mudou hábitos alimentares, serviu de referência para artistas plásticos e estilistas e inspirou teorias econômicas. Em 1986, a conceituada revista inglesa The Economist criou o Índice Big Mac, com base na teoria da “paridade do poder de compra” e para tangibilizá-la escolheram o sanduíche, pois está presente no mundo inteiro. Desde então, o indicador – que tem por referência os preços do Big Mac em diferentes moedas – tem sido utilizado na análise de políticas cambiais.

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